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UMA SÓ CARNE

Temos presenciado, no mundo atual, um esforço tremendo do inimigo para acelerar e concluir seu trabalho de roubar matar e destruir a humanidade (Jo. 10.10), e uma de suas estratégias para obter o êxito de suas intenções é atacar os pilares da sociedade, notadamente, a família.
Muitas frentes têm se levantando contra a instituição sagrada da família, desde a sua “diversificação”, descaracterizando-a completamente sob pretextos recheados de eufemismos, como tolerância ou liberdade de escolha, até a sua destruição por completo por meio de massivas campanhas midiáticas sobre a suposta vantagem de viver relacionamentos passageiros.

A individualidade

Dentre as ideias difundidas no meio da sociedade, pelos obreiros de Satanás, para desestruturar a instituição familiar, está a que diz que o casamento só pode ocorrer se cada um dos cônjuges puder manter também as suas vidas individuais.
Na verdade, isso quer dizer manter duas vidas paralelas: uma de casado e outra de solteiro. A proposta é dissimulada em frases como “preciso manter a minha individualidade”, não posso viver sufocado (ou sufocada), não quero viver em uma prisão, e outras frases do gênero.
Gn. 2.24
Na prática, isso é executado em momentos como o domingo de futebol com os “amigos”, a saída dos fins de semana com as “amigas” dentre outros momentos, que até podem começar sem consequências, mas que será, certamente, campo vasto para as armadilhas do inimigo.
Infelizmente, vemos esses argumentos e essas práticas também presentes no meio cristão, já ouvi de membros de igreja cristã o absurdo de que em um casamento deveria existir um dia por semana para que ambos os cônjuges pudessem sair sozinhos, à noite, cada um para o seu lado, livremente. Algo como instituir a possibilidade do pecado consentido.
Porém, quando lemos o relato da criação da mulher no livro de Gênesis compreendemos qual é a real vontade de Deus para o relacionamento matrimonial.
Observamos que no capítulo 2, versículo 18 de Gênesis Deus diz: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn. 2.18). Nessa afirmação, o Senhor demonstra que criou um ser social, relacional, e que, por isso, ele estar só não seria bom.
Ainda no capítulo 2, no versículo 24, o escritor bíblico, inspirado por Deus, revela um princípio fundamental da ética divina: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. ” (Gn. 2.24).
Percebamos que o escritor bíblico interrompe o tom do texto, que era descritivo/narrativo, pois o versículo 23 narra a afirmação de Adão sobre a mulher e o versículo 25 volta ao tom descritivo para falar sobre como ambos estavam, e altera, no versículo 24, para um texto explicativo afim de que pudéssemos compreender qual é a vontade de Deus para conosco.

União

Uma das verdades que percebemos no princípio da união divina entre homem e mulher, revelada neste versículo, é a de que a união conjugal, quando realizada nos moldes estipulados pelo Senhor, não destrói a personalidade dos cônjuges e nem retira deles as suas individualidades.
Quando o texto bíblico diz que o homem deixará seus pais e se unirá a sua mulher, afirma que ambos se tornarão uma só carne, não uma só alma, uma só mente ou uma só vida. Se analisarmos o texto em sua língua original, o hebraico, veremos, por exemplo, que quando Deus criou o homem, no versículo 7 do mesmo capítulo 2 de Gênesis, o homem passou a ser נפש (nephesh) – alma - e passou a ter חיים (chayyâh) – vida -, porém quando Deus fala na união do casal, diz que eles serão uma só בשר (bhâsâr) – carne.

...não precisaremos nos esforçar, nem impor limites ou delimitar espaços para garantir a manutenção de nossa individualidade...

Portanto, a união descrita nesse versículo, e desejada por Deus, é a união entre duas pessoas, homem e mulher, que, embora, não torne nenhum dos cônjuges um “não-indivíduo”, será tão forte, tão verdadeira, tão companheira, tão sólida, tão sincera e tão focada em objetivos comuns a ambos, que agirão como se fossem um, pois buscarão sempre a comunhão de objetivos, pensamentos e ações.
Por isso, irmãos e irmãs, não acreditem na falácia mundana de que não devemos investir na solidez de nosso relacionamento e no amor verdadeiro e completo, porque aquilo que o mundo chama de individualidade na verdade é individualismo e egoísmo.
Se o nosso relacionamento é abençoado pelo Senhor e pautado em Sua soberana vontade, se, ambos nos portamos como verdadeiros cristãos em cada momento de nossa vida individual, conjugal e social, não precisaremos nos esforçar, nem impor limites ou delimitar espaços para garantir a manutenção de nossa individualidade, uma vez que  ela já estará naturalmente preservada na própria dinâmica do relacionamento, pois o verdadeiro amor nunca se conduz inconvenientemente nem procura os seus interesses (1Co. 13.5).

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Comentários

  1. A Palavra é bem sábia irmão, quando nos remete a responsabilidade para com aquele(a) que escolhemos para ser nosso(a) parceiro(a) de jornada aqui na Terra.
    Muitos conflitos e situações de dificuldade se desenvolvem nas famílias, pela falta do entendimento de que o casamento é bênção de Deus e escola de crescimento espiritual.
    Oremos pelos casais do mundo, para que homens e mulheres despertem para o compromisso de amar, cuidar e colaborar com seus parceiros(as), servindo de verdadeiro exemplo para os filhos, sob o amparo da Palavra de Deus.
    Que Deus Te Abençoe e Te Mantenha Firme no Propósito.

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  2. A família é a base do equilíbrio social e individual. Que Deus continue te abençoando e te guiando sempre.

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