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A NATUREZA DO HOMEM

Todos sabemos que quando Deus criou o homem, criou-o sem mácula (Gn. 1.27), porém deu-lhe a liberdade de escolha (Gn. 2.16-17) e, com ela, o homem escolheu desobedecer ao Senhor e cometeu pecado.
Ao pecar, o homem provocou uma deterioração em sua natureza, antes pura, e também uma deterioração na própria criação na terra (Gn. 3.17-18).
Como já comentei em um texto anterior intitulado “As obras do homem”, Imediatamente após perceberem seu pecado, homem e mulher, se afastaram de Deus (Is. 59.2), tiveram medo, se esconderam (Gn. 3.10) e procuraram resolver o problema criado por si mesmos (Gn. 3.7), mas o Senhor, em uma demonstração de amor e misericórdia os ensinou que suas obras eram insuficientes (Gn. 3.21).

A corrupção da natureza humana

A natureza do homem, dada por Deus, era pura, pois o Senhor havia lhe dado do próprio Espirito (Gn. 2.7), porém, ao pecar, o homem contaminou o próprio fôlego de vida e, como um pouco de fermento leveda toda a massa (1Co. 5.6), espalhou tal contaminação em seu ambiente.

... o fato de que nossa natureza foi corrompida e de que nossa estrutura física e mental foi, e permanece, danificada pela iniquidade do primeiro casal, não pode servir de justificativa para vivermos em pecado

Percebamos que a partir do momento daquele pecado a natureza de Adão e Eva se tornou impura e, como toda a humanidade foi criada a partir deste primeiro casal, essa impureza foi transmitida a todas as gerações até os dias atuais (Rm. 5.12).
Jr. 13.23
Por isso, temos todos uma tendência pecaminosa, porque ela faz parte de nossa natureza pós pecado original que nos deu um coração desesperadamente corrupto (Jr.17.9) que faz com que não haja na terra nenhuma pessoa sem pecado (Rm. 3.10-11) e nos torna a todos carentes da Glória do Senhor (Rm. 3.23).
Porém, o fato de que nossa natureza foi corrompida e de que nossa estrutura física e mental foi, e permanece, danificada pela iniquidade do primeiro casal, não pode servir de justificativa para vivermos em pecado, pois não há pecado irresistível (1Co. 10.13) e podemos sempre escolher entre a morte e a vida (Dt.30.19).
O pecado de Adão e Eva não aboliu a nossa liberdade de escolha, não destruiu o nosso espírito e este vive em uma constante batalha contra a carne (Gl. 5.17) e será de nossa inteira responsabilidade se permitirmos que a carne silencie nosso espírito (Mt. 13.22). No entanto, seremos capazes de vencer essa batalha? Será que podemos, através de algum esforço nosso, evitarmos essa sobrepujança da carne sobre o espírito?

Podemos mudar nossa natureza?

Encontramos no livro do profeta Jeremias um versículo que pode nos responder a esse questionamento: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal. ” (Jr. 13.23).
Podemos mudar algo que faz parte de nossa natureza pecaminosa? Podemos deixar de viver em pecado e nos limpar das iniquidades se o mal está tão enraizado em nós, como se fizesse parte do nosso DNA? Você é capaz de mudar o seu próprio DNA? A resposta negativa parece evidente.

... o versículo vai muito além de apenas deixar de fazer o mal, ele não diz “Então, poderíeis deixar de fazer o mal”, mas fala “Então, poderíeis fazer o bem”, indicando que o fazer o bem é muito mais do que apenas deixar de fazer o mal

A assertiva do versículo de Jeremias parece conclusiva, pois, de fato, assim como ao etíope é impossível mudar a cor da sua pele e ao leopardo mudar as suas manchas, também àquele que está acostumado com o pecado, e todos nós estamos, pois ele faz parte de nossa genética em Adão, é impossível fazermos algo essencialmente bom, é impossível deixarmos por completo, por nós mesmos, o pecado.
Percebamos que o versículo vai muito além de apenas deixar de fazer o mal, ele não diz “Então, poderíeis deixar de fazer o mal”, mas fala “Então, poderíeis fazer o bem”, indicando que o fazer o bem é muito mais do que apenas deixar de fazer o mal, porém essa diferença requer um estudo filosófico e teológico mais profundo que deixaremos para um outro momento, por agora lembremos apenas que como disse o apóstolo Tiago, o deixar de fazer o bem também já é, por si mesmo, um mal (Tg.4.17). O fato é que não somos capazes de abandonar o pecado por completo de nossa natureza, tampouco de fazer o bem puro.

O Plano da Salvação

Porém, Deus que é onisciente, amoroso e misericordioso, já sabia que seríamos incapazes de nos libertarmos por nós mesmos das garras do mal que deixamos entrar em nosso coração, por isso elaborou o plano da nossa salvação, e nele, nos deu a Lei, em alguns impressa em suas mentes (Rm. 2.14-16), para que o pecado abundasse, fosse exposto, para que com isso superabundasse a Graça em Cristo Jesus (Rm. 5.20) e nos limpasse de toda injustiça (1Jo.1.9).
De fato, não somos capazes de modificar o nosso DNA, porém se fizermos uma espécie de enxerto do nosso DNA corrompido no DNA de Jesus (Jo. 15.1-5), aceitando-o verdadeiramente como nosso único Senhor e Salvador, e nEle permanecermos, a Sua Graça nos purificará e produziremos frutos de justiça (Mt. 13.23), pois, apenas dessa forma, enxertados no DNA de Cristo, o único que não conheceu pecado (2Co.5.21), estaremos mortos para o pecado (Rm. 6.2) e seremos novas criaturas (2Co.5.17), pois o próprio Cristo viverá em nós (Gl. 2.20). Esse é o plano de Deus em nossas vidas, é o plano da nossa salvação.

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