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A JUSTIÇA DE DEUS

Muito já ouvimos falar sobre a justiça de Deus. Dentro e até mesmo fora do meio cristão é comum as pessoas, vez por outra, se referirem de alguma forma à justiça divina. Alguns afirmam que a causa das diversas calamidades que vemos no mundo é a referida justiça. Outros pensam que compreenderemos a justiça do Senhor no dia do Juízo. Há ainda os que afirmam que a justiça de Deus está em constante ação através das consequências de nossos atos.
Embora deseje aqui fazer um estudo resumido sobre alguns aspectos da Justiça do Senhor, creio ser impossível fazê-lo em apenas uma postagem, por isso proponho um estudo em duas partes a serem publicadas em sequência nas postagens do blog Preceitos de Fé.

Compreender Deus

Para iniciarmos, quero dizer que não há como negar que cada uma das opiniões citadas tem certa dose de razão, porém bem sabemos que nossa visão limitada é incapaz de vislumbrar completamente a grandeza do Senhor. Um conto judaico que ouvi recentemente afirma que um deus que cabe em nossa cabeça não é um Deus de verdade. O apóstolo Paulo nos fala sobre a nossa incapacidade de conhecermos Deus completamente quando em sua epístola aos coríntios, escreve: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. ” (1Co. 13.12).
Mt. 5.45
Da mesma forma que ainda somos incapazes de compreender completamente a grandeza do nosso Deus, assim também se dá com Seus atributos, dentre os quais a Sua Justiça. No entanto, como o próprio Deus nos esclarece no livro de Deuteronômio “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei. ” (Dt. 29.29).
Sendo assim, devemos buscar compreender aquilo que nos é revelado sobre o nosso Deus e a boa notícia é que possuímos revelações importantes sobre a justiça do Senhor em Sua Palavra.
Quando refletimos sobre a palavra justiça, normalmente pensamos em equidade, isonomia, neutralidade, reconhecimento de direitos e deveres, imparcialidade, dentre outros sinônimos ou, ainda, no conhecido jargão do direito que afirma que devemos tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, para se fazer justiça.
Não obstante a justiça humana, em um esforço de síntese, possa até ser resumida em um ou dois dos sinônimos citados, quando nos referimos a Justiça do Senhor o assunto se torna muito mais complexo. Primeiro pelo fato de não conhecermos completamente ao Senhor nem os Seus atributos e segundo porque a justiça divina possui mesmo diversas características e algumas delas são reveladas nas Sagradas Escrituras.

Justiça

É evidente que a justiça de Deus também abrange os conceitos que atribuímos à justiça humana, como equidade, por exemplo, pois o próprio Senhor afirmou que faz nascer seu sol sobre maus e bons e vir chuva sobre justos e injustos (Mt.5.45), porém a justiça do Senhor vai muito além.
Quando o Senhor prometeu a Abrão uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu e Abrão creu nEle o texto bíblico afirma que “Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. ” (Gn. 15.6). Percebemos nesse texto que ao crermos no Senhor estamos praticando a justiça de Deus, pois estamos reconhecendo nEle a verdade e a justiça também é verdade.

A Lei de Deus, presentes nas Sagradas Escrituras, também é reconhecida como Justiça de Deus ...

Percebamos também que os atributos de Deus estão em Sua essência, dessa forma, Deus não possui justiça, Ele é justiça, é precisamente por isso que o Senhor não muda (Ml. 3.6), pois Seus atributos e Seu próprio Ser se confundem, portanto se Ele possuísse justiça poderia, em algum momento, deixar de tê-la, porém como Ele é justiça, se deixasse de ser, também deixaria de ser Deus.  
Um dos textos em que percebemos essa realidade está no salmo 40, onde o rei Davi revela que “Proclamei as boas-novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, tu o sabes, SENHOR. Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua graça e a tua verdade. ” (Sl. 40.9-10).
As boas novas de justiça que Davi proclamou eram, além de justiça, fidelidade, salvação, graça e verdade, tudo é uma coisa só: Deus.
A Lei de Deus, presentes nas Sagradas Escrituras, também é reconhecida como Justiça de Deus e o apóstolo Paulo afirma que a justiça está presente não na letra da Lei em si, mas em sua essência, quando escrevendo aos romanos diz: “Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. “ (Rm. 10. 2-4).
Porém, além das características que acabamos de ver, a justiça divina ainda tem outra que quero comentar, mas estudaremos ela na Segunda Parte de nosso estudo sobre A Justiça de Deus. Então, até lá.
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