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QUANDO NÃO É MOMENTO DE ORAR

Sabemos que Deus procura os verdadeiros adoradores (Jo. 4,23) e que quem O busca com o coração sincero certamente O encontrará e com Ele terá comunhão. Sabemos também que uma das formas de buscar ao Senhor é por meio da oração, daí se depreende que quanto mais pudermos aproveitar as oportunidades no nosso cotidiano para orarmos mais estaremos buscando a Deus.
A bíblia relata que Daniel orava 3 vezes ao dia (Dn. 6.10) e Davi afirma que louvava ao Senhor por Sua justiça e por Seus Juízos diariamente sete vezes (Sl.119.164). Se a oração for intercessora lembremos que Jesus afirma que se pedirmos ao Senhor Ele nos dará somente coisas boas (Mt. 7.11).

Como orar?

No entanto, devemos passar o dia inteiro de oração? Será que se nos dedicarmos exclusivamente a orar a Deus isso será suficiente para agradá-Lo? Existem momentos em que a situação não requer oração e até aqueles em que ela seria infrutífera?
Devemos nos atentar para o fato de que uma oração é um diálogo com o nosso Senhor e não um monólogo, portanto, como todo diálogo, há momentos que devemos falar e outros que devemos apenas ouvir, caso contrário os interlocutores não se entenderão.
Ex. 14.15
No caso da oração, esse diálogo se dá entre o Pai que conhece todas as coisas (Pv.15.3) e nós que somos seus filhos e que com Ele precisamos aprender sobre a vida, sobre Ele e sobre nós mesmos.
Assim como a linguagem humana não está restrita apenas a fala, mas abrange também a escrita, os gestos, os símbolos e as manifestações artísticas, a linguagem que utilizamos na comunicação com o nosso Deus também não pode se limitar aos momentos vocálicos da oração. Nossa “conversa” com Deus ocorre em todos os momentos de nossa vida, há momentos, inclusive, que esse diálogo não requer palavra, mas ação. 
Encontramos nas Escrituras Sagradas alguns relatos em que o momento não requeria oração, mas atitude:

Atitude

Após sair do Egito, o povo de Israel, liderado por Moisés, se encontrou na situação em que a sua frente havia o mar e em sua retaguarda vinham os egípcios que, arrependidos de terem deixado os israelitas partirem, os perseguiam desejando recaptura-los. Nessa situação todo o povo de Israel temeu e clamou a Deus, o Senhor, porém, disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. ” (Ex. 14.15).  
O Senhor havia guiado o povo por vasto caminho através de uma coluna de nuvem durante o dia e de uma coluna de fogo durante a noite (Ex. 13.22) a promessa de libertação estava sendo cumprida, Deus desejava que os israelitas confiassem nEle o suficiente para dar um passo adiante, queria que o povo tivesse fé para ver as Suas maravilhas, porém o povo queria primeiro ver o milagre para ter fé.
Aquele momento não era de oração nem de clamor, a promessa já estava posta, era momento de atitude de fé, momento de ação, de marchar adiante. E assim que tiveram essa atitude o milagre aconteceu.

Há momentos que não são de oração. Se o Senhor já nos orientou quanto ao que fazer, por mais que pareça difícil, façamos...

Com Josué o momento de atitude também foi cobrado. Ao ser, o povo de Israel, derrotado pelos habitantes de Ai, os anciãos e Josué clamaram a Deus, porém o Senhor respondeu a Josué: “Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? ” (Js. 7.10), esclareceu o motivo da derrota: “Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das coisas condenadas, e furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram. ” (Js. 7.11) e lhe cobrou uma atitude: “Pela manhã, pois, vos chegareis, segundo as vossas tribos; e será que a tribo que o SENHOR designar por sorte se chegará, segundo as famílias; e a família que o SENHOR designar se chegará por casas; e a casa que o SENHOR designar se chegará homem por homem. Aquele que for achado com a coisa condenada será queimado, ele e tudo quanto tiver, porquanto violou a aliança do SENHOR e fez loucura em Israel. ” (Js. 7.14-15).
Aquele momento não era de oração, mas de tomar uma atitude quanto ao pecado cometido e extirpa-lo do meio do povo de Israel. Tão logo a atitude foi tomada os Israelitas venceram aquele povo que os havia derrotado anteriormente (Js. 8.1-22).
Há momentos que não são de oração. Se o Senhor já nos orientou quanto ao que fazer, por mais que pareça difícil, façamos. Não percamos tempo em orações infrutíferas como quem busca infindáveis confirmações, ou como quem espera que Deus mude de ideia. Essa atitude apenas demonstra nossa falta de fé e bem sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6).

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