Na PRIMEIRA PARTE deste estudo descobrimos que há uma revelação no evento do rasgar o Véu do Templo por ocasião da morte de Jesus e entendemos o que era o Santo dos Santos e o ofício do Sumo Sacerdote nesse lugar. Neste post abordaremos a relação entre Jesus Cristo, o Santo dos Santos, o véu e o Sumo Sacerdote.
A Nova Aliança
Sabemos que na Nova Aliança Jesus
é o nosso único Sumo Sacerdote como nos esclarece o escritor da carta aos
hebreus quando diz: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial,
considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus,”
(Hb. 3.1) e é a esse respeito que trata a revelação do rasgar do véu.
Na Antiga Aliança havia a
necessidade de um intermediário, o Sumo Sacerdote, entre o povo de Israel e
Deus para que se fizesse expiação pelo pecado, porém com o evento da encarnação
não há mais necessidade de intermediário entre nós e o Senhor, pois temos
acesso diretamente a Ele por meio de Jesus, aliás o apóstolo Paulo nos declara
que” Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm. 2.5).
Percebamos, portanto, a beleza do Texto Sagrado que em toda a sua extensão nos revela o plano salvífico de Deus para nós...
Portanto quando o véu do templo
foi rasgado no momento da morte de Jesus é revelado que não há mais separação
entre Deus e o homem, o véu que encobria a comunhão e a verdade foi rasgado,
foi tirado, podemos ter acesso diretamente ao Senhor. No tempo da Nova Aliança
todo o mistério da salvação é desvelado, pois a revelação do Senhor se completa
em Cristo.
É importante notar que o sinal
desse desvelamento se deu no exato momento em que Jesus entregou seu espírito
porque Cristo era inteiramente Deus e inteiramente homem e, portanto, ao
entregar seu espírito ele levou consigo a sua humanidade e assim refez a
ligação entre a raça humana e Deus, quebrada em virtude do pecado. Esse é o
significado das palavras do evangelista João quando diz: “e ele é a propiciação
pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do
mundo inteiro.” (1Jo. 2.2).
O Cordeiro de Deus
Quando o véu do templo se rasga
significa que não necessitamos mais de Sumo Sacerdote, nem de sacrifícios, nem
holocaustos nem obra alguma para a expiação de nossos pecados pois Cristo é o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29). O sinal revela então
quem era Jesus: o Deus-homem. E qual sua missão: nos ofertar a salvação.
O sangue do bode que era levado para o Santo dos Santos uma vez ao ano no tempo da Antiga Aliança era uma imagem tipológica do sangue de Cristo que seria derramado de uma vez por todas e apresentado diante de Deus em favor de nós. A esse respeito vejamos as palavras do escritor da carta aos hebreus: “Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.” (Hb. 9. 23-28).
Percebamos, portanto, a beleza do
Texto Sagrado que em toda a sua extensão nos revela o plano salvífico de Deus
para nós e a grandeza do sacrifício de Cristo e do amor do Senhor pois nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Seu Filho unigênito ainda quando éramos
todos nós pecadores.
Encerramos aqui este rápido
estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também
para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos
corações.
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