COMO IDENTIFICAR A VOZ DE DEUS (COMO SABER QUE FOI ELE QUEM FALOU CONOSCO)

Uma das dúvidas frequentes de quem está iniciando na fé em Cristo Jesus é sobre o momento em que Deus fala conosco. Como saber que aquele entendimento sobre determinada situação, aquela resposta a alguma pergunta, aquela ideia que nos surge quando temos alguma dificuldade, realmente vem de Deus?

Proponho, então, que façamos juntos um pequeno estudo da Palavra de Deus para que possamos compreender bem esse tema. Dividirei nosso estudo em duas partes, sendo que a segunda parte publicarei na próxima postagem do blog.

Quando lemos a bíblia nos deparamos com diversos relatos onde Deus fala diretamente com seu povo, com seus profetas e até com reis.

Alguns relatos

No Jardim do Éden, Deus falava diretamente com Adão e Eva (Gn. 1.28) e permanecia em contato contínuo com os primeiros humano, pois andava pelo Jardim pela viração do dia (Gn. 3.8). O Senhor declarou diretamente a Noé sua aliança (Gn.9.1-17). A Abraão Deus apareceu pessoalmente para lhe fazer uma promessa (Gn.18. 1-21). Com Moisés Deus falou em meio a sarça ardente e depois, muitas outras vezes, falava com ele diretamente.

Em um tempo onde a palavra do Senhor era muito rara (1Sm. 3.1), Deus falou com o ainda menino Samuel (1Sm. 3.4-14). Através de sonho Deus fala com o rei Salomão (1Rs. 3.5). E até mesmo no tempo de Cristo, Deus, entre as nuvens, fala com o povo para anunciar Seu filho amado (Lc. 3.22). 

Em nosso século temos a bíblia que, na prática, é Deus falando conosco, pois ela é a Sua Palavra em linguagem humana.

Muitos outros relatos bíblicos descrevem Deus falando diretamente com seus filhos, no entanto nos dias atuais não é comum Deus usar dos meios que usava nos tempos do Antigo Testamento para se comunicar com as pessoas. Então é normal surgir a dúvida: Como Deus fala conosco nos dias atuais?

Jesus nos esclarece, ao contar a parábola do rico e de Lázaro (Lc. 16.19-31), qual o meio que Deus se utiliza para falar com seus filhos em nossos dias: a Sua Palavra, as Escrituras. Devemos ter em mente que nos tempos de Abraão Isaac e Jacó, dos profetas e dos reis de Israel não havia a bíblia como a conhecemos hoje e a leitura das Sagradas Escrituras não era algo tão acessível como é atualmente na maioria dos países do mundo. Era preciso que Deus se dirigisse pessoalmente a alguns de Seus filhos para lhes direcionar o caminho.

Em nosso século temos a bíblia que, na prática, é Deus falando conosco, pois ela é a Sua Palavra em linguagem humana.

Daí podemos facilmente perceber que todo nosso proceder, toda orientação, toda decisão, todo caminho que venhamos a tomar em nossa vida, se for contrário ao que nos orienta a Bíblia, então está em desacordo com a vontade do Senhor.

Se contraria a Palavra

Portanto, um primeiro ponto que devemos ter sempre em mente quando surgir a dúvida se Deus, em determinada situação, é quem está falando conosco ou não, é este: O Senhor nunca vai contrariar a Sua Palavra, porque Deus não muda (Ml. 3.6) e nem mente ou se arrepende (Nu. 23.19), sendo assim se a suposta orientação divina, seja por meio de sonho, de uma palavra ouvida, de uma intuição, de um suposto profeta, for contrário a Bíblia então tal orientação não é de Deus, pode ser o resultado de um desejo nosso, de um raciocínio humano ou mesmo uma insinuação do inimigo.

Seja como for, não podemos seguir tal orientação, pois se for uma insinuação de um desejo nosso, devemos lembrar que o coração é desesperadamente corrupto (Jr. 17.9) se for conclusão de nosso raciocínio ou de outrem, saibamos que as coisas espirituais se conhecem espiritualmente (1Co. 2.14), e, claro se for do inimigo, devemos fugir de toda aparência do mal (1Ts. 5.22).

Para podermos fazer esse tipo de avaliação é muito importante conhecermos bem a Palavra de Deus, como nos alertou Paulo, devemos manejar bem a palavra da verdade (2Tm 2.15), pois o próprio Senhor alertou que seu povo se perdia por falta de conhecimento (Os. 4.6).

Portanto irmãos se um desejo nosso é pecado, ou contrário à vontade de Deus expressa nas Escrituras então nem há motivo para pedir orientação ao Senhor, pecado é pecado, devemos evita-lo.

Na segunda parte do nosso estudo buscaremos compreender os casos em que nosso desejo ou nossa orientação ou ideia não é, de fato, frontalmente contrário à vontade de Deus, como reconhecer que aquela ideia, aquela palavra, aquela orientação vem realmente do Senhor? Existe algum tipo de sinal, pelo qual podemos identificar se uma Palavra vem de Deus?

Analisaremos essa questão na próxima postagem do Blog Preceitos de Fé, aguardo vocês lá. Fiquem na Paz. Um forte abraço.

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