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POR QUE AMAMOS A DEUS?

Bem sabemos que a Bíblia nos recomenda a amar a Deus. O Senhor deixou como estatuto e Jesus ratificou que devemos amar a Deus com todo o nosso coração, a nossa alma, nossas forças e nosso entendimento (Dt. 6.5) (Lc. 10.27-28). Nos mandamentos entregues a Moisés, o Senhor afirma que faz misericórdias até mil gerações daqueles que O amam. (Ex. 20.6) e, de fato, todos os ensinamentos das escrituras tem como um de seus fundamentos o amor: a Deus e ao próximo.
Nós, cristãos, costumamos afirmar que amamos ao Senhor e, na maioria das vezes, essa afirmação é verdadeira, no entanto, talvez ainda não tenhamos nos perguntado se estamos amando ao Senhor pelos motivos corretos. Se alguém lhe perguntasse agora: por que você ama a Deus? O que responderia? Pare um pouco essa leitura e pense nessa resposta.

Por que amar?

Muitos de nós encontraríamos motivos justos para amar a Deus, motivos como: Porque Ele me dá saúde, porque o Senhor me deu tudo que tenho, porque Ele me deu um casamento abençoado e filhos maravilhosos, porque Deus tem me dado muitos livramentos... e muitos outros motivos semelhantes que, repito, são motivos muito justos e verdadeiros, pelos quais devemos sim amar a Deus.
No entanto, tais motivos estão muito mais relacionados com gratidão do que propriamente com amor. E não há nada de errado em ter gratidão a Deus por tudo que Ele nos dá.
Hc. 3.18
Porém, nos perguntemos, se Deus não nos desse essas coisas, deveríamos ainda assim amar a Deus? Conseguiríamos ama-Lo?
Tomemos o exemplo de Jó que amava ao Senhor quando sua vida tinha abundância, mas mesmo quando tudo o que tinha lhe foi retirado continuou amando-O. Até mesmo sua saúde ele perdeu, mas seu amor a Deus não foi abalado.
O profeta Habacuque escreveu que ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, ainda assim ele se alegrava no SENHOR, exultava no Deus da sua salvação (Hc. 3. 17-18), ou seja, mesmo que tudo desse errado, mesmo que ele não tivesse nada, nem mesmo o que comer, ainda assim, seus sentimentos pelo Senhor continuariam firmes.
Jó e Habacuque demonstram um amor que não depende de bênçãos materiais para existir. É esse amor que a Palavra de Deus nos recomenda a desenvolver. Lembremos que o apóstolo Paulo nos alertou que, “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito” (Rm. 15.4).

Os motivos corretos

Devemos, pois, amar ao Senhor, por Ele ser o nosso Deus, esse motivo já é mais do que suficiente para que O amemos, todos os demais motivos de gratidão são acréscimos. O Senhor é o Deus da nossa salvação, esse deve ser o motivo principal do nosso amor por Ele.
Se assim agirmos estaremos muito mais preparados para as intempéries da vida e não correremos o risco de abandoná-Lo diante das dificuldades e nos tornarmos as sementes que caem entre as pedras (Mt. 13. 20-21).
No entanto, é evidente que desenvolver esse amor não é tarefa simples ou rápida, pois bem sabemos que “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. ” (Pv. 4.18) e não o alcançaremos apenas com nossos próprios esforços pois, sem o Senhor nada podemos fazer (Jo.15.5).

Ainda que não seja uma tarefa simples, alcançar esse amor deve ser nosso objetivo ...

Como estudamos em uma postagem anterior, quando Jesus perguntou a Pedro se este O amava e no texto grego é utilizado a palavra ἀγάπη (Ágape), o Senhor o perguntava se seu amor era repleto de entendimento de quem Ele era e, por isso, incondicional e disposto a sacrifícios, porém Pedro O responde que seu amor era φιλέω (Filéo), amor de amigos, condicional. O apóstolo, naquele momento ainda não entendia o amor que Deus espera de nós.
Ainda que não seja uma tarefa simples, alcançar esse amor deve ser nosso objetivo e para alcançá-lo devemos, assim como fez aquele pai que pediu ajuda de Cristo para a sua fé (Mc. 9.24), rogar a Ele que nos ensine a amá-Lo como convém.
Lembremos que, como nos esclareceu Paulo, o amor não procura seus interesses e jamais acaba (1Co. 13. 5,8), assim deve ser também o nosso amor a Deus.

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