A
Palavra de Deus relata que Adão e Eva, quando no Éden, desfrutavam de uma
relação muito próxima com o Criador, que andava no jardim pela viração do dia
(Gn. 3.8).
É
interessante observar que Deus havia dado algumas orientações para Adão e Eva:
disse-lhes que tivessem filhos, que sujeitassem a terra, que dominassem sobre
os animais, sobre os peixes e sobre as aves (Gn. 1.28), disse-lhes também que
se alimentassem de ervas que dão sementes e de árvore frutíferas (Gn. 1.29) e
ainda disse-lhes que poderia comer de toda árvore do jardim, menos da árvore do
conhecimento do bem e do mal (Gn. 2.16-17).
O princípio da adoração
No
entanto, em nenhum momento a Bíblia relata que Deus determinou a Adão e Eva que
o adorassem. Por que? Pelo fato de que a adoração era algo natural, espontâneo
da parte de Adão e Eva, que reconheciam no Senhor o Criador de tudo, inclusive
de suas próprias vidas.
Como
uma criança pequena que tem em seus pais suas figuras de adoração natural, Adão
e Eva também agiam assim com relação a Deus.
Porém,
ao pecarem, Adão e Eva esconderam-se da presença do Senhor porque tiveram medo
(Gn. 3.8;10), pois seu pecado tinha criado uma separação entre eles e Deus (Is.59.2).
Expulsos
do Jardim e distantes do Senhor Adão e Eva, tiveram filhos. Caim matou Abel e,
repreendido por Deus, se retirou da presença do Senhor.
O
casal então teve outro filho, a quem colocaram o nome de Sete.
Embora,
o ser humano já estivesse distante do Senhor, em virtude do pecado de Adão e
Eva, Deus ainda não aparece, no relato bíblico, exigindo adoração, pois esse
comportamento era para ser algo natural para os homens, uma vez que toda a
criação testificava sobre o Criador (Rm. 1.19-20). E parece ter sido para Enos,
filho de Sete, que começou a invocar o nome do Senhor (Gn. 4.26).
O pecado
Em
virtude do pecado original o gênero humano se corrompeu (Gn. 6.5), veio o
dilúvio (Gn. 7-8) e após ele o Senhor fez uma aliança com Noé e seus
descendentes e com todos os seres viventes (Gn. 9.1-17). Ainda nesse momento
Deus não exige adoração. Noé, que era um homem justo e íntegro e que andava com
Deus (Gn. 6.9), já fazia isso naturalmente (Gn. 8.20).
Se
analisarmos os Dez Mandamentos, nem mesmo neles, há uma ordem explícita para
adorar a Deus. Há, de fato, uma proibição da adoração a outros deuses e ao ato
de lhes prestar culto.
É
bem verdade que encontramos no versículo 1 do capítulo 20 do Livro de Êxodo na
Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH, o texto: “Não adore outros deuses;
adore somente a mim”, no entanto esse versículo na língua original, o hebraico,
está escrito assim: “לא יהיה לך אלהים אחרים על פני” (lo' yihyeh-lekha 'elohiym
'achêriym`al-pânâya) e esse texto é melhor traduzido como “Não terás outros
deuses diante de mim”, como está na tradução Almeida Revista e Atualizada
- ARA.
Deus não nos obriga a adorá-lo porque o amor
não deve ser obrigado.
...muito mais do que por uma obrigação ou por um cumprimento ritualístico, precisamos adora-lo por amor.
Precisamos entender que Deus não precisa da
nossa adoração, nós é que precisamos adorá-lo, não como o cumprimento de uma
ordem, não de uma forma legalista, mas como reconhecimento natural de sua
plenitude, de seu amor, de sua benignidade, de seu caráter, enfim, adorá-lo
simplesmente pelo fato de Ele ser Deus, pois verdadeiramente sem Ele nada
podemos fazer (Jo. 15.5) uma vez que é Ele que efetua em nós o querer e o
realizar (Fp. 2.13).
Por isso, muito mais do que por uma
obrigação ou por um cumprimento ritualístico, precisamos adora-lo por amor. Não
apenas com palavras (Mt. 15.8), mas em espírito e em verdade (Jo. 4.23) e
prestarmos a Ele um culto racional, apresentando nosso corpo como sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus (Rm.12.1), sendo seus imitadores (Ef. 5.1),
deixando Cristo viver em nós (Gl. 2.20), abstendo-nos de toda forma de mal
(1Ts. 5.22) e andando como Ele andou (1.Jo. 2.6) quando esteve no meio de nós (Jo.1.14).
Deus em seu supremo amor por nós e infinita
sabedoria nos deixa escolher entre a vida e a morte, entre a benção e a
maldição (Dt. 30.19) entre adorá-lo ou rejeitá-lo, mas bem sabemos que está com
Ele é incomparavelmente melhor (Fp. 1.23).
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