É
muito conhecida a promessa contida no Livro de Atos dos Apóstolos Capítulo 16,
versículo 31, onde Paulo diz ao carcereiro: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo
tu e tua casa. ” (At. 16.31).
Porém,
algumas pessoas pensam, equivocadamente, que o texto está afirmando que se um
membro da casa, ou da família, se converter a Jesus, todos os seus familiares
serão salvos automaticamente, como se a conversão daquele familiar fosse uma
espécie de procuração para a salvação dos demais.
A salvação é pessoal
Na
verdade em momento algum o texto afirma tal coisa. Se lermos os versículos
seguintes desta narrativa veremos que após a promessa de salvação, Paulo e
Silas lhe pregaram a Palavra de Deus e a todos os de sua casa (At. 16.31).
No
versículo 33 ainda encontramos que na mesma hora da noite, após cuidar deles,
lavando -lhes os vergões dos açoites, foi o carcereiro batizado juntamente com
toda a sua família (At. 16.33).
Paulo
e Silas foram então levados para a casa do carcereiro e lhes puseram a mesa e o
carcereiro e toda sua família manifestava grande alegria por terem crido em
Deus (At. 16.34).
Fica
claro, então, que não houve uma salvação por procuração, na verdade toda a casa
do carcereiro também creu e foram batizados, por isso seriam salvos.
Nesse
relato, todos creram em Jesus após a pregação de Paulo e Silas, e na nossa
casa? Quem trará a Palavra para dentro de nosso lar, se não nós mesmos? Se
somos verdadeiramente convertidos a Cristo Jesus, cabe a nós pregar a boa nova
dentro da nossa própria casa. Não de forma autoritária, com palavras de
críticas e humilhação contra aqueles que ainda não tiveram o entendimento da
verdade, mas com amor e sobretudo com exemplos.
Não
podemos crer na falácia de que ao nos convertermos a Jesus, como alguma espécie
de mágica, toda a nossa família já estará salva. Se crermos nisso e nada
fizermos em favor da salvação de nossos entes queridos, podemos ter a
desagradável surpresa de, naquele dia, vermos aqueles que nos são mais caros
serem condenados.
A
Palavra de Deus é bem clara ao afirmar que “A alma que pecar, essa morrerá; o
filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a
justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre
este. ” (Ez. 18.20). Da mesma forma que nossos filhos não serão acusados por
nossos pecados, também nossa decisão correta de aceitar a Cristo não será
creditada na vida deles.
A
salvação é pessoal e intransferível. Jesus diz que está a porta e bate e se
alguém abrir a porta Jesus ceara com quem abrir (Ap. 3.20). O pronome está
propositalmente no singular (ele), inclusive na língua original, o grego,
porque Cristo se refere a porta do coração e só nós podemos abrir a nossa
própria porta do coração.
O
Espírito Santo nos recomenda a, se ouvirmos a Sua voz, não endurecermos o nosso
coração (Hb. 3.8), isso é pessoal.
A salvação da nossa família
Se
somos filhos e nossos pais não aceitam a Palavra de Deus, lembremos que honrar
pai e mãe (Ex. 20.12), inclui desejar o melhor para eles em vida e depois da morte.
Se
somos pais convertidos a Cristo, cabe a nós brilharmos como luz em nosso lar (Mt.5.14) para que nossos filhos também encontrem a salvação, pois quando ensinamos
a criança no caminho em que deve andar, ainda quando for velho, não se desviará
dele. (Pv. 22.6).
O
Ide e pregai comissionado por Jesus (Mc. 16.15) deve iniciar dentro da nossa
própria casa.
Ainda
que os de sua casa não aceitem a Palavra ou até mesmo lhe ridicularize por ela,
tenha a certeza de que sua parte foi feita, mas é cada um que escolhe entre a
vida e a morte, entre a benção e a maldição (Dt. 30.19).
Se queremos nossa família junto a nós no paraíso, naquele dia, devemos buscar viver nossa fé em Cristo dia após dia...
Devemos
repreender sim, quando necessário e com amor e com a verdade, mas evitar
pregações moralistas e preconceituosas, pois todos nós temos pecados (1.Jo.1.10).
Para
podermos ser essa luz em nossa família, levarmos nossos entes queridos a Cristo
e, aí sim, vermos, não apenas nós, mas toda a nossa casa servindo ao Senhor
(Js. 24.15) e dessa forma ter a certeza da salvação daqueles que amamos,
devemos ouvir o que diz o Pai em Dt. 6. 5-9:
“Amarás,
pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a
tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as
inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua
mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua
casa e nas tuas portas. ”.
Se
queremos nossa família junto a nós no paraíso, naquele dia, devemos buscar
viver nossa fé em Cristo dia após dia, em cada instante, em cada lugar,
inclusive na nossa casa, do contrário, não O estaremos servindo com inteireza
de coração (2Cr. 19.9) e, nesse caso, talvez nem mesmo nós cheguemos ao
paraíso.
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