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A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES - PARTE 2

Na Primeira parte deste estudo percebemos que o relato da segunda multiplicação de pães e peixes feita por Jesus e narrada no Evangelho de Mateus (também no de Marcos) possui em seu conteúdo muitas revelações a respeito do próprio Cristo e iniciamos a descobrir tais revelações. Neste post continuaremos a descobrir as belas revelações contidas na simbologia desse texto de Mateus.

Jesus é o Alimento

Jesus disse que aquele povo estava com Ele e que por isso Ele não os despediria sem nada (v. 32). Cristo afirmou que àqueles que o Pai os desse de maneira nenhuma Ele os lançaria fora (Jo. 6.37). Jesus fala aqui da certeza que deve ter o crente de que nunca será abandonado.

Jesus não os queria despedir para que não desfalecessem pelo caminho (v. 32), pois aqueles que abandonam a Sua presença perdem a semente que foi semeada no caminho (Mt. 13. 3-7).

Os discípulos então questionaram como alimentariam tantas pessoas, pois “Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão?” (v. 33). De fato, quando estamos no deserto não obtemos coisa alguma apenas fome e sede. Da mesma forma é aquele que está afastado de Deus: aquilo que tem nunca será suficiente, não importa a quantidade do que se possui, sempre haverá mais necessidades do que é capaz de atender, e para onde olhar só enxergará desolação e sofrimento.

O texto é também um convite à doação sem reservas e com fé por parte de todo que se diz seguidor de Cristo.

Jesus pergunta então quantos pães eles tinham e, após ouvir a resposta (v. 34), tomou os pães e os peixes deu graças e os partiu (v. 36): A Eucaristia, a Santa Ceia do Senhor. Cristo anunciava nesse ato o que faria diante de seus discípulos, a celebração da Nova Aliança (Mt. 26. 26-28). E mais que isso, Jesus estava anunciando que Ele mesmo é o pão da vida que há de saciar todos os que O buscarem com sinceridade de coração (Jo. 6.35).

Jesus, porém, não distribuiu Ele mesmo os pães para a multidão, mas os entregou a seus discípulos para que distribuíssem (v. 36). Aqui Jesus nos ensina que nossa relação com Cristo passa por nossa relação com o próximo, que não posso imaginar uma relação individualista entre mim e Deus independente do irmão. Precisamos sempre do outro, a relação social é fundamental ao ser humano, por isso o próprio Deus disse que não era bom o homem estar só (Gn. 2.18). Chegamos a Cristo através do outro. O amor ao próximo é a externalização de nosso amor a Deus. Por isso o evangelista João afirma que “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (1Jo. 4.20).

A Fartura da Doação

O texto diz ainda que “Todos comeram e se fartaram” (v. 37). Aquele que busca a Cristo sempre terá suas necessidades atendidas, pois Ele veio para dar vida em abundância (Jo. 10.10) a todos aqueles que buscam em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça (Mt. 6.33).

2Co. 9.10

O texto é também um convite à doação sem reservas e com fé por parte de todo que se diz seguidor de Cristo. Àquele que se doa ao outro com alegria, dando Graças a Deus, faz a obra do Senhor e recebe Sua divina orientação, pois faz para a glória de Deus (1Co. 10. 31) e não para se gloriar diante dos homens, e assim nunca lhe falta, pois o Senhor dá a semente a quem semeia (2Co. 9.10).

Quão maravilhoso é o texto bíblico, pois percebemos que um relato como esse que estudamos aqui que já é belo em si, possui em seu interior muito mais belezas do que somos capazes de captar, pois ele é a Palavra Viva de Deus e bem sabemos que Deus é poderoso para nos dá muito mais do que pedimos ou pensamos (Ef. 3.20).

Encerramos aqui este rápido estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos corações.

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