Pular para o conteúdo principal

UMA OFENSA E UMA JUSTIÇA - PARTE 2

Na Primeira Parte deste estudo analisamos os versículos 18 e 19 do capítulo 5 da carta de Paulo aos romanos e entendemos que o motivo de trazermos em nós a semente do pecado e que não são nossos erros individuais que nos levam ao fogo eterno. Neste post demonstraremos quede acordo com o apóstolo, nossas escolhas definem se confirmamos ou não nossa condenação.

Nossos Atos

Is. 55.6

A resposta a pergunta que apresentamos na Primeira parte deste estudo encontramos na segunda parte do versículo 18 que afirma que por apenas um ato de justiça veio a graça para a justificação. Assim como é verdade que já nascemos potencialmente condenados também é verdade que não somos necessariamente condenados pois a encarnação de Jesus derrama sobre nós a graça para a justificação que dá vida. Ou seja, temos escolha entre aceitar nossa tendência inata ou receber a graça de Deus.

As nossas ofensas, nossos pecados, não acrescentam nada em nossa condenação, já somos condenados, eles apenas endossam a nossa morte eterna. É como se assinássemos uma confirmação de que aceitamos ser de fato condenados. Quando pecamos nos harmonizamos e concordamos com a ofensa original e, portanto, com o afastamento de Deus.

Por outro lado, quando nos sujeitamos a Deus e resistimos ao Diabo (Tg. 4.7), entramos em sintonia com a graça, declaramos ao Senhor que desejamos ser libertos da nossa semente pecaminosa e clamamos por Sua salvação, mas nossos atos em sintonia com a vontade de Deus não nos acrescenta mérito para a salvação, apenas declara que fomos tocados pelo Espírito Santo e que portanto estamos libertos.

A Ofensa e a Justiça

Nesse ponto é importante observarmos o versículo 19 do capítulo 5 da carta de Paulo aos Romanos que diz que pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores e que por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. No versículo 18 diz que por uma ofensa o juízo para condenação recaiu sobre todos os homens e que por um único ato de justiça a graça foi disponibilizada para todos os homens. Perceba que no primeiro versículo citado é utilizada a palavra todos e no segundo a palavra muitos. Esse detalhe não é apenas um recurso estilístico de tradução, de fato nos originais em língua grega são utilizadas as palavras πάντας (todos) e πολλοί (muitos) respectivamente.

Isso quer dizer que embora todos estejam potencialmente condenados em virtude do pecado original nem todos serão, no dia do julgamento, precipitados no fogo eterno (Mt. 25.41), da mesma forma não obstante a graça esteja disponível a todos e Deus desejar que nenhum de nós se perca (2Pe. 3.9), nem todos serão salvos.

É importante pois termos clara essa realidade, deixando de lado a ideia de que somos bons e por isso não precisamos de Bíblia nem de Deus...

A condenação é latente em todos nós, mas cabe a cada um assinar a declaração de morte eterna ou não. Quando conscientemente nos comprazemos no pecado ou ficamos sempre nos justificando pelos nossos erros, sem arrependimento, consentimos em sermos condenados. Por isso o versículo 19 diz que muitos (não todos) se tornaram pecadores. Mesmo antes da encarnação do Verbo, pessoas como Abraão, Isaac e Jacó, por exemplo, ainda que tendo erros, rejeitaram suas tendências em viver no pecado e não se tornaram eternamente condenados.

Da mesma forma o versículo 19 diz que por meio da obediência de um só, muitos (não todos) se tornarão justos, pois nem todos receberão a Cristo como suficiente Senhor e Salvador. A conjugação do verbo tornar (se tornaram e se tornarão) também confirmam a verdade de que a primeira situação nos foi transmitida por Adão, a segunda nos é ofertada por Cristo.

É importante pois termos clara essa realidade, deixando de lado a ideia de que somos bons e por isso não precisamos de Bíblia nem de Deus, da mesma forma precisamos entender que independente da gravidade ou natureza do nosso pecado ainda temos tempo de fazermos a opção pela Vida. Por isso busquemos ao Senhor urgentemente enquanto ainda podemos encontra-lo (Is. 55.6).

Encerramos aqui este rápido estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos corações.

Gostou desta postagem? Comente, compartilhe, recomende. Utilize os botões abaixo para postar esse texto em sua rede social ou enviar por e-mail para seus amigos. Ajude a semear a Palavra de Deus.

Comentários

Compartilhe