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AS DUAS FACES DA EXPULSÃO DO HOMEM DO PARAÍSO - PARTE 2

Na Primeira Parte deste estudo descobrimos por que Deus quando criou Adão e Eva os proibiu de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal e concluímos aquela parte fazendo uma pergunta: “Se era proibido ao homem comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, por que Deus a plantou no jardim? ”.
No estudo de hoje buscarei, fundamentado na Palavra de Deus, responder a esta indagação.
Para responder a essa pergunta precisamos nos lembrar de alguns dos atributos básicos do nosso Deus Criador.
Deus é justo (Sl. 145.7) e em Sua justiça aprouve a Ele dar ao homem a liberdade de escolha, pois, até ao momento da ordem de Deus para não comer daquela árvore, o homem não tinha escolhas fundamentais a fazer, como poderia exercer seu direito à livre escolha?
Porém, Ele também é bom e nEle não há treva alguma (1Jo. 1.5), portanto Ele não criou o mal, pois não faz parte da Sua natureza, na verdade o mal é a ausência do bem, é o fruto sem semente, é o conhecimento, a vida, sem Deus. Por isso a Palavra de Deus nos revela que a omissão também é pecado, também é mal (Tg.4.17).

A liberdade de escolha

Gn. 3.22
Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim para dar ao homem a liberdade de escolha, não entre o bem e o mal, mas entre obedecê-Lo ou não e, como liberdade pressupõe entendimento, Deus explicou ao homem o motivo pelo qual ele não deveria comer da árvore do conhecimento do bem e do mal: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás. ” (Gn. 2.17).
Aquela árvore não trazia o mal dentro dela, nem o ato de comer de seu fruto, por si só, era um mal, na desobediência à vontade do Senhor residia o problema.

... em Sua justiça aprouve a Ele dar ao homem a liberdade de escolha, pois, até ao momento da ordem de Deus para não comer daquela árvore, o homem não tinha escolhas fundamentais a fazer,

O fruto, de fato, os faria abrir os olhos para a distinção entre o bem, com o qual conviviam diretamente, e o mal surgido no primeiro ato pecaminoso de Lúcifer (Is. 14. 12-14), ou seja, na prática o fruto os faria abrir os olhos para a existência do mal trazido por Satanás e lhes daria acesso a ele. E com isso viria a separação de Deus, e nessa ausência reside a morte, não apenas a física, mas a morte total.
Quando a serpente se insinuou para Eva e a convenceu a comer do fruto proibido ela usou o argumento de que aquela árvore lhes faria obter conhecimento para serem iguais a Deus (Gn. 3.5), o mesmo tipo de pensamento que a fez cair do céu (Is.14.15), pois a serpente era Satanás. O inimigo fez o primeiro casal cometer o mesmo erro que ele mesmo cometera.

O fruto, de fato, os faria abrir os olhos para a distinção entre o bem, com o qual conviviam diretamente, e o mal surgido no primeiro ato pecaminoso de Lúcifer

Deus, assim como viria a fazer mais tarde com o povo de Israel (Dt. 30.19), ofereceu ao homem a possibilidade de escolha entre a vida e a morte, pois o homem poderia ter comido da árvore da vida e passado a viver eternamente, mas este preferiu desobedecer a Deus, mesmo sabendo que essa desobediência lhe causaria a morte (Gn. 2.17).

A justiça e a misericórdia

Deus da mesma forma que havia sido justo com o homem ao lhe dar a liberdade de escolha e o conhecimento necessário para executa-la, permaneceu em sua justiça ao expulsa-los do paraíso, pois a perfeição do paraíso e a natureza sublime de Deus não poderiam coabitar com a maldade do pecado, afinal dois não andam juntos se não houver comunhão entre eles (Am. 3.3) e a luz não tem comunhão com as trevas, Deus não tem acordo com o pecado.
Porém a expulsão do primeiro casal do jardim do éden não foi apenas um ato de justiça de Deus, mas também de misericórdia.

Deus da mesma forma que havia sido justo com o homem ao lhe dar a liberdade de escolha e o conhecimento necessário para executa-la, permaneceu em sua justiça ao expulsa-los do paraíso

Quando o Senhor expulsa Adão e Eva do Éden Ele diz: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. ” (Gn. 3.22). Nesse momento Deus estava evitando que o homem comesse do fruto da árvore da vida e tornasse seu pecado e seu sofrimento eterno.
Veja, se o homem após pecar tomasse do fruto da vida ele tornaria sua situação decadente e todo o processo de deterioração que surgiu após o pecado (Gn.3.17-18) permanente, eternos. E como conciliar a morte com a vida?
Na Última Parte desse estudo buscaremos compreender melhor essa ação do Senhor que traz em seu bojo, ao mesmo tempo, justiça e misericórdia. Então até lá.

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