Aqueles
que não têm conhecimento da Palavra de Deus e não buscam familiarizar-se com os
atributos do Nosso Senhor, podem, ao ler isoladamente e fora de contexto alguns
versículos das Escrituras, interpretar erroneamente o texto sagrado e enxergar
em Deus um ser vaidoso.
Afirmações
como a feita por Jesus, citando as Escrituras, quando diz: “Ao Senhor, teu
Deus, adorarás e só a ele darás culto. ” (Lc. 4.8); ou o mandamento que o
Senhor deu, por meio de Moisés, de não adorarmos outros deuses (Ex. 20.3), ou
ainda o ensinamento dado por João Batista a seus discípulos, a respeito de
Jesus, quando disse “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo. 3.30), podem
fazer com que aqueles que ainda não conhecem a Palavra de Deus imaginem que O
Senhor necessita do louvor dos homens.
O verdadeiro significado
Um
entendimento distorcido dessa forma pode justificar tantas pregações da
teologia da prosperidade, de igrejas lotadas de pessoas que acham que podem
barganhar algumas horas de presença nestes cultos e algumas somas ofertadas em
dízimos e ofertas em troca de dinheiro, sucesso e fama. Essa lógica doentia pode
se fundamentar no princípio de que se Deus procura a glória por que também não
posso procurar?
É
preciso entendermos que, embora alguns textos bíblicos nos recomende adorarmos
a Deus e O glorificarmos, isso não significa que o Senhor necessita a glória de
homens. Não faria sentido que o Deus a quem tudo pertence (Sl. 24.1) e que sem
Ele nada se fez (Jo. 1.3) necessitasse do reconhecimento de sua criação para
“se sentir bem”.
Lembremos
que o próprio Jesus, falando aos Judeus, afirmou “Eu não aceito glória que vem
dos homens” (Jo. 5.41) e nos recomendou a não buscar o reconhecimento das
pessoas ao fazermos caridade (Mt. 6.2-4), nem mesmo os primeiros lugares em um
banquete (Lc. 14.7-10) e ainda asseverou: “Pois todo o que se exalta será
humilhado; e o que se humilha será exaltado. ” (Lc. 14.11).
Precisamos
adorar e glorificar ao Senhor porque somos um povo de “dura cerviz” (Dt. 9.6) e
ao reconhecermos que somos inteiramente dependentes de Deus e que sem Ele nada
podemos fazer (Jo. 15.5), quebrantamos o nosso coração (Sl. 51.17) e derrubamos
a face egoísta que o pecado colocou em nós. Precisamos adorar e glorificar a
Deus, não por uma necessidade dEle, mas por uma necessidade nossa.
O contexto
Ao
lermos o contexto em que João Batista afirmou a seus discípulos que ele deveria
diminuir e Cristo crescer (Jo. 3.30) percebemos que o profeta afirma que ele
mesmo havia vindo com a missão de anunciar a Jesus (Jo. 3.28) e que “O homem
não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. ” (Jo. 3.27), ou
seja, somos inteiramente dependentes do nosso Deus.
Ao
lermos a epístola de Paulo aos gálatas vemos que até mesmo a Lei dada por Deus
através de Moisés tinha como finalidade nos conduzir ao conhecimento de Cristo
“a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl. 3.24), ou seja, as escrituras
não são uma biografia de Deus e não foi escrita para Ele, o Texto Sagrado foi
escrito para nós, por meio de nós e em favor de nós.
Ao adorarmos a Deus não estamos prestando culto a um Deus vaidoso, mas ao nosso Senhor e Criador ...
Em
linhas gerais o objetivo da Palavra de Deus é nos mostrar de onde viemos, como
nos perdemos, como, por amor a nós, o Criador planejou e executou o Seu plano
para a nossa salvação e como podemos alcança-la.
O
que Deus fez e que está relatado na bíblia, Ele fez por nós e não por Ele.
Precisamos entender que com Ele somos verdadeiramente muito mais que vencedores
(Rm. 8.37), mas que sem Ele não somos mais do que o pó da terra (Gn. 2.7).
Ao
adorarmos a Deus não estamos prestando culto a um Deus vaidoso, mas ao nosso
Senhor e Criador que nos dotou da capacidade de adora-lO e glorifica-lO, para
que, nos afastando do culto ao eu, tão característico do mundo, possamos nos
aproximar dEle e desfrutar da Sua Graça.
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