A
Palavra de Deus relata que após a morte do Rei Salomão, Roboão, seu filho,
assumiu o trono real. (2Cr. 9.31).
Jeroboão,
filho de Nebate, e todo o povo de Israel se reuniu com o novo rei e lhe
falaram: “Teu pai fez pesado o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura
servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos. “
(2Cr. 10. 2-4).
Os conselhos para Roboão
O
rei pediu então três dias para dar-lhes a resposta e o povo voltou para suas
casas (2Cr. 10.5).
Sem
saber o que responder ao povo, Roboão resolve consultar aos anciãos que
estiveram na presença de Salomão quando ele ainda era vivo. Eles, ouvindo a
dúvida de Roboão, o aconselharam a ser benigno com o povo e lhes falar boas
palavras, pois deste modo, eles seriam seus servos para sempre (2Cr. 10. 6-7).
Neste
momento Roboão cometeu, provavelmente, o maior erro de seu reinado: desprezou o
conselho dos anciãos e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com
ele.
Apesar
de, possivelmente, Roboão e aqueles jovens terem desfrutado da companhia do Rei
Salomão e de alguns momentos no cotidiano de seu reinado, certamente não haviam
participado ativamente da administração do reino e careciam da mesma
experiência de governar, planejar e gerenciar que possuíam os anciãos que
“estiveram na presença de Salomão” (2Cr. 10.6).
No
entanto, Roboão, opta por desprezar a sabedoria e a experiência dos anciãos e
resolve seguir o conselho dos amigos de sua idade, que, assim como ele mesmo,
não possuíam experiência de reinado.
Embora,
Roboão tenha assumido o reinado não tão jovem, pois tinha 41 anos de idade
quando começou a reinar (2Cr. 12.13), nos dias atuais tenho visto esta atitude
de desprezar o conhecimento e a experiência dos mais velhos sendo tomada muito
frequentemente pelas novas gerações.
Dominados
por uma necessidade de autoafirmação, os jovens, tão logo chegam à
pré-adolescência, se sentem possuidores de uma sabedoria imaginária e passam a
se considerar conhecedores de tudo e donos, quase que absolutos, de toda a
razão.
Estimulados
por uma educação omissa e permissiva, tais jovens, embora se enxerguem sábios, encontram-se
perdidos e são obrigados a descobrir o que é certo e errado a partir das
próprias experiências, construindo em suas vidas uma espécie de ética
teleológica, fruto de sua moral relativista que define o que é certo ou errado,
bom ou mal de acordo com o resultado que os acontecimentos e atitudes vão
trazendo para suas vidas.
A ausência da Palavra de Deus
Nesse
cenário de vida, obviamente, não haverá espaço para a verdadeira Palavra de
Deus, pois trata-se de uma moral e uma ética determinada fora e por alguém
superior ao seu próprio eu e geralmente os jovens não estão preparados para
lidar com essa realidade.
Por
esse motivo temos visto cada vez mais jovens perdidos buscando refúgio nas
drogas, crimes, lascívia e em outros males e quando pensam em igreja, muitos buscam
aquelas que falam apenas de prosperidade, bens e vitórias e ocultam os
preceitos morais do Senhor, pois estas se coadunam com seu sentimento
equivocado de autossuficiência e com a sua necessidade de possuir bens para
reafirmar tal sentimento.
Sejamos, pois, humildes reconhecendo quem sabe mais que nós e ama-nos e tomemos conselhos com estes...
É
bem verdade, que há jovens que se distanciam muito desta descrição, sendo
sóbrios, diligentes e que buscam ao Senhor e a verdadeira sabedoria; a própria
Bíblia está repleta desses exemplos, no entanto temos visto mais e mais jovens
dentro e fora das igrejas se perderem nas ilusões do mundo.
Embora
a busca por novos conceitos e entendimentos, tão comum aos jovens, seja
importante para seu próprio desenvolvimento enquanto pessoa, e também útil para
o crescimento da sociedade, é importante buscar a sobriedade e reconhecer que
experiência é conhecimento e que ela traz a esperança (Rm. 5.4).
Se
estamos passando por uma nova fase em nossa vida, buscar o conselho daqueles
que já a enfrentaram não é humilhação, é sabedoria.
Roboão,
não foi sábio, buscou como guia, cegos como ele, que o aconselharam ser ainda
mais severo com o povo e usar palavras duras, e como consequência teve o
completo esfacelamento de seu reino (2Cr. 10 9-19).
Sejamos,
pois, humildes reconhecendo quem sabe mais que nós e ama-nos e tomemos
conselhos com estes, quando for necessário e, acima de tudo, tenhamos a certeza
de que o Senhor Deus é o melhor de todos os conselheiros e o único que nunca
erra, pois sabe todas as coisas e tem por nós amor infinito.
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