É muito claro o desaprovar de
Deus com relação à idolatria. Em diversos textos bíblicos essa prática é
condenada. Encontramos no livro de Êxodo, por exemplo, dentro dos dez
mandamentos, a determinação para que não tenhamos outros deuses e para não
adorarmos nem prestar culto a imagens de escultura, “nem semelhança alguma do
que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”
(Ex. 20. 3-5).
Embora esteja bem sedimentada na
mente de grande parte dos cristãos a ideia de que a prática da idolatria é
condenável, é comum relacionarmos essa prática tão somente à adoração de
imagens dos chamados “santos” e aos cultos pagãos da antiguidade.
No entanto as Escrituras Sagradas
nos mostram que o problema da idolatria vai muito além da adoração dos “santos”
ou de deuses estranhos.
A idolatria da Arca
Encontramos no Primeiro Livro de
Samuel o relato de uma vitória dos filisteus sobre os israelitas onde a Arca da
Aliança é levada pelos inimigos de Israel (1Sm. 4.1-11). Nesse texto percebemos
que naquele tempo, sob o sacerdócio corrupto dos filhos de Eli (1Sm. 2. 12-17),
Israel se encontrava corrompido e distante da verdadeira vontade de Deus e a
Arca havia se transformado em uma espécie de talismã para o povo israelita.
... as Escrituras Sagradas nos mostram que o problema da idolatria vai muito além da adoração dos “santos” ou de deuses estranhos
Durante a guerra com os filisteus
os anciãos disseram: “Por que nos feriu o SENHOR, hoje, diante dos filisteus?
Tragamos de Siló a arca da Aliança do SENHOR, para que venha no meio de nós e
nos livre das mãos de nossos inimigos. ” (1Sm. 4.3).
Embora a construção da Arca tenha
sido orientada por Deus, não era ela que poderia salvar o povo de Israel, mas
sim o próprio Senhor, porém os israelitas haviam se afastado dEle e trocado o
real pelo símbolo fazendo da Arca da Aliança um objeto de idolatria.
A serpente e o Templo
O Segundo Livro dos Reis nos traz
outro exemplo da idolatria israelita no relato da destruição pelo Rei Ezequias
da serpente de bronze feita por Moisés no deserto (Nu. 21. 4-9). O povo a
estava usando como objeto de adoração pois “até àquele dia os filhos de Israel
lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã”.
(2Rs. 18.4)
O povo de Israel também idolatrou
o Templo do Senhor mas esqueceu-se do próprio Deus. Pensavam que era a
existência do Templo que manteria Jerusalém protegida para sempre, mas o Senhor
os alertou por meio do Profeta Jeremias que não era no Templo que deveriam
depositar sua confiança: “ide agora ao meu lugar que estava em Siló, onde, no
princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade
do meu povo de Israel. [...] farei também a esta casa que se chama pelo meu
nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós outros e a vossos
pais, como fiz a Siló.” (Jr. 7. 12,14).
Não estamos nós também praticando
idolatria hoje em dia em nossas igrejas quando louvamos mais ao pastor do que a
Deus? Quando fazemos todos os esforços para ajudar a nossa igreja a construir
templos suntuosos enquanto muitas vezes o irmão que se senta ao nosso lado não
tem o básico para se manter com dignidade? Quando corremos ansiosos para as
congregações que anunciam cura e prosperidade hoje mas esquecemos quem pode nos
dar a vida eterna?
Diante de mim não terás outros
deuses, disse o Senhor, estamos, de fato, cumprindo esse mandamento?
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