O
transcorrer da história humana é dividida didaticamente, por alguns
historiadores, em Eras. Dessa forma, existiu a Era da Pedra Polida, a Era dos
Metais, a Era Industrial, mais recentemente alguns citam a Era da Informação, e
parece-me que nos dias atuais vivemos a Era da Diversão.
De
modo geral as pessoas parecem buscar desenfreadamente divertir-se. Certamente
cansadas que estão do acúmulo de trabalho, que o avanço tecnológico prometia
resolver, mas que na verdade apenas trouxe mais necessidades e com isso mais
cobranças, do assédio moral, das dificuldades na mobilidade urbana, das crises
financeiras e de tantas outras pressões, as pessoas, via de regra, aguardam a
primeira oportunidade para divertir-se.
A cultura da diversão
Essa
realidade está tão presente no mundo de hoje que tem, inclusive, influenciado
as relações pessoais e até mesmo o mercado. No início do século 21 uma gigante
do mundo da tecnologia resolveu mudar radicalmente o layout do seu Sistema
Operacional e de toda a sua linha de softwares para torna-los “mais divertidos”,
dizia a sua publicidade.
É evidente que divertir-se é importante e que festa ajuda no convívio social, inclusive no meio cristão, o problema é quando começamos a enxergar a vida, a igreja, a Cristo como uma grande festa
Foi
no início deste século também que houve o boom das redes sociais, onde boa
parte dos que participam delas nem ligam muito se vão realmente criar novos
relacionamentos, conhecer novas pessoas, trocar conhecimentos, elas querem
apenas se divertir.
Palavras
como responsabilidade, dever, moral, integridade, estão cada dia mais sendo
banidas do dia-a-dia das pessoas, sejam elas jovens ou não.
Infelizmente
vemos essa tendência perigosa invadir inclusive as igrejas, muitas das quais
hoje em dia parecem mais casas de festas, tamanha é a quantidade de festas que
nelas existem, onde se comemora de tudo e a cada dia menos se fala e se pratica
a Palavra de Deus.
É
evidente que divertir-se é importante e que festa ajuda no convívio social,
inclusive no meio cristão, o problema é quando começamos a enxergar a vida, a
igreja, a Cristo como uma grande festa. Quando começamos a estender os limites
do bom senso até eles não serem mais visíveis.
A Bíblia e a diversão
A
Bíblia não é contra divertir-se e relata inclusive que o Rei Davi e todo o
Israel alegravam-se perante Deus com todo seu empenho (1Cr. 13.8), o Livro do
Eclesiastes chega a dizer aos jovens para alegra-se e recrear-se em sua
juventude, mas em seguida alerta para que Deus os pedirá contas de todas essas
coisas (Ec. 11.9), e o escritor bíblico, inspirado por Deus, dá um conselho:
para que os jovens lembrem-se do Criador nos dias da mocidade antes que venham
os dias em que neles não terá prazer (Ec. 12.1).
O divertimento é permitido, importante e saudável desde que não seja um divertimento hedonista, que exista como fim em si mesmo, sem limites, sem responsabilidade, sem honrar a Deus, pois tudo o que fazemos, e isso inclui a diversão, deve ser para a glória do Pai (1Co. 10.31).
O divertimento é permitido, importante e saudável desde que não seja um divertimento hedonista, que exista como fim em si mesmo, sem limites, sem responsabilidade, sem honrar a Deus, pois tudo o que fazemos, e isso inclui a diversão, deve ser para a glória do Pai (1Co. 10.31).
Lembremos
que grande parte das abominações praticadas pelas nações pagãs nos tempos
antigos eram feitas em meio à festas e diversão. “Porque para o insensato
praticar a maldade é divertimento; para o homem inteligente o ser sábio” (Pv.10.23), e “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv. 1.7).
Portanto,
contrariando a tendência do atual século, devemos ter em mente que o foco da
nossa vida deve ser Jesus, Seu amor, Sua sabedoria, Sua graça, para que se
alegre nosso coração em Sua salvação (Sl.13.5). Pode ser que ao fazermos isso
soframos perseguições, discriminação, indiferença, mas nos alertemos para o
recado que o Senhor nos dá em Jo. 16.20 ao dizer que choraremos e lamentaremos,
e o mundo se alegrará, mas a nossa tristeza se converterá em alegria.
Busquemos,
pois, verdadeiramente, viver com Cristo a cada minuto de nossa vida e
compreenderemos o que, de fato, é alegrar-se.
Muito bom o texto! Infelizmente essa é uma tendência crescente em meio as igrejas, não só entre os jovens; e muitas vezes, os jovens dentro da igreja são até menos apegados a festas do que os adultos. Devemos festejar e nos alegrar em Cristo, mas, como o texto diz, não devemos estender demais o limite do bom senso, pois corremos o risco de tornar esse limite tênue, a um ponto em que ele não se torne mais visível. O limite do bom senso do cristão vai até onde nós estamos glorificando a Deus com nossas atitudes. É necessário que vigiemos mais nossas atitudes como cristãos, para que, não desviando do foco, não nos tornemos indiferenciáveis daqueles que que vivem pelas coisas do mundo.
ResponderExcluirÉ verdade Daniel,você falou muito bem, devemos nos diferenciar dos que vivem pelas coisas do mundo. Devemos ser, como disse Jesus, o sal da terra (Mt. 5.13) e a luz do mundo (Mt. 5.14). Alegrar-se é bom e saudável, mas sempre com bom senso e em Jesus, essa deve ser a nossa marca, o selo dos filhos de Deus. Um forte abraço. Fica com Deus.
ResponderExcluirBastante pertinentes as suas colocações, irmão Carlos e irmão Daniel. Infelizmente é a prática que vemos sendo disseminada nas igrejas atualmente. O sentido da verdadeira comunhão em Cristo está se perdendo, e cada vez mais as festividades nas igrejas estão se assemelhando as festas pagãs, permeadas de significados vazios e de manifestações do ego, pela pompa e ostentação nas quais os rituais e comemorações se revestem. Urge a necessidade de se avaliar estas práticas e separar o que realmente é para o homem e o que é para Deus, O qual só espera de nós um coração puro e o seguir a Sua Palavra em todas as nossas atitudes.
ResponderExcluirÉ verdade irmã Eliane, infelizmente a filosofia hedonista tem permeado a realidade de muitas igrejas e a vida de muitos irmãos, Cabe a nós, que conhecemos essa realidade, lutarmos contra essa tendência, não só nas igrejas, mas também fora delas, por meio de nossas posturas, colocações e sobretudo por meio da oração, pois, verdadeiramente, sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5).
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