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O QUE VOCÊ PRECISA SABER QUANDO SE SENTIR NO FUNDO DO POÇO

Quem de nós não já se sentiu no fundo do poço? Não apenas em relação as dificuldades da vida, porque essas, bem sabemos, vêm e vão, pois, o próprio Cristo nos disse que no mundo teríamos aflições (Jo. 16.33).
Me refiro mais especificamente ao fundo do poço do pecado. Quantas vezes será que não nos perguntamos se não teríamos ido longe demais? Se, uma vez que chegamos a tamanhas aberrações não nos restará mais esperanças? Talvez tenhamos duvidado até mesmo da nossa própria salvação.
Seja porque, a nosso ver, pecamos demais, ou porque nossa fé é fraca, ou, talvez até, nem estejamos conseguindo enxergar em nós os frutos do Espírito (Gl. 5.22-23).
Precisamos perceber algumas verdades.
De fato, Cristo nos libertou para sermos verdadeiramente livres (Jo. 8.36), se estamos em Cristo é para realização de boas obras, as quais Deus já preparou de antemão (Ef. 2.10) e bem sabemos que a fé sem obras é morta (Tg. 2.17), portanto, se dizemos que estamos em Cristo Jesus e andamos em trevas somos mentirosos (1. Jo. 1.6).

O amor de Cristo

Jo. 8.36
No entanto, devemos nos lembrar também que Cristo nos amou primeiro (1 Jo. 4.19) e foi Ele quem nos escolheu e não nós a Ele (Jo. 15.16) e que se dissermos que não cometemos pecados também mentimos (1 Jo. 1.10), pois a vereda dos justos vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv. 4.18).
Sendo assim, Deus nos aceita mesmo sendo pecadores, Ele nos recebe, e com o agir do Seu Espírito Santo é que nos vai transformando até sermos “dia perfeito” no dia da Sua glória. O padrão de perfeição de Mt. 5.48, atingiremos na vinda de Jesus quando tivermos nossos corpos glorificados (Fl. 3.21) revestidos de imortalidade e incorruptibilidade (1Co. 15.54), até lá o que precisamos fazer é combater o bom combate, completar nossa carreira e guardar a fé (2 Tm. 4.7), pois àquele que tiver perseverança em amar a Deus receberá a coroa da vida (Tg.1.12).
Se nos sentimos desprezíveis em virtude da quantidade e da gravidade dos nossos pecados cometidos outrora, lembremos que aquele que confessa seus pecados e os deixa alcança misericórdia (Pv. 28.13), lembremos também que se pecarmos temos Advogado junto ao Pai: Cristo Jesus (1 Jo. 2.1).
Um bom exemplo que ilustra o fato de que não importa quanto e quais pecados cometemos, Deus estará sempre disposto a nos perdoar quando nos arrependemos e confessamos, está em 2 Cr. 33. Neste capítulo é relatado o reinado de Manassés, filho do Rei Ezequias.
Manassés cometeu todo tipo de abominação contra o Senhor, chegando a queimar os próprios filhos em oferta a deuses pagãos, ainda assim, quando, angustiado e afligido, suplicou sinceramente e se humilhou perante Deus e Ele o perdoou. Era um rei desprezível, abominável, aparentemente irremediavelmente perdido, mas Deus o perdoou.

Pequena Fé

Agora, se nosso temor reside na pequenez da nossa fé, lembremos a história da libertação que Jesus efetuou em um jovem possesso (Mc. 9.14-27). O rapaz era surdo, mudo, provavelmente epilético e o espírito imundo ainda o lançava constantemente no fogo e na água e isso já ocorria com ele desde sua infância. Mas ao apresenta-lo a Cristo o pai diz, em tom de dúvida: “Se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. Naquele momento a fé daquele homem era tão fraca que nem mesmo ousou pedir cura ou libertação, pediu apenas ajuda, qualquer melhora já seria o suficiente. Esse relato parece o de alguém transbordando em fé? Certamente não.

...libertação do pecado e crescimento na fé são passos que devemos dar dia após dia...

Jesus, amorosamente, o repreende dizendo que tudo é possível ao que crer e imediatamente aquele pai aflito, nos dando o exemplo de como podemos crescer na fé, recorre à única ajuda disponível para aumentar sua fé, ele exclama: Eu creio! Ajuda-me na minha incredulidade.
Isso mesmo, ele pediu a Jesus para ajudá-lo a ter fé no próprio Jesus, parece loucura, mas a palavra da cruz é mesmo loucura para os que se perdem, mas para os salvos é poder de Deus (1Co. 1.18). O texto bíblico segue relatando, então, que Jesus expulsou o demônio e o rapaz ficou curado.

Podemos compreender então, que libertação do pecado e crescimento na fé são passos que devemos dar dia após dia, buscando sermos hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje, mas sempre na presença do Senhor, nos reconhecendo inteiramente dependentes dEle, que efetua em nós o querer e o realizar (Fl. 2.13) e lembrando que Aquele que começou a boa obra em nós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fl. 1.6).

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