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ALIANÇA E COMPROMISSO COM DEUS

É muito comum no meio cristão ouvirmos falar que estamos sob a Nova Aliança, mas o que de fato isso representa? O que realmente significa Nova Aliança?
A primeira imagem que vem a nossa mente quando ouvimos a palavra aliança é o anel de casamento. Na verdade o anel é apenas a representação exterior do compromisso entre os cônjuges.
Devemos entender que aliança significa compromisso entre duas ou mais pessoas, um acordo, um vínculo que exige obrigações recíprocas entre os envolvidos. Para os antigos hebreus, aliança poderia ser desde um casamento, até um acordo comercial, por exemplo.

A Aliança na Bíblia

Hb. 8.6
No antigo Testamento Deus faz aliança com Noé, que era um homem justo, íntegro e andava com Deus (Gn. 6.9), prometendo não mais destruir toda a terra por águas de dilúvio (Gn. 9.11).
Tempos depois, Deus faz aliança com Abrão, que creu no Senhor e isso lhe foi imputado por justiça (Gn. 15.6), afirmando dar à sua descendência toda aquela terra (Gn.15.18).
E quando Deus faz aliança com Israel Ele lhes dá o livro da aliança (Ex. 24.7). E o que continha nele? A Sua Lei, a descrição do que caberia ao povo de Israel naquela aliança, quais eram suas obrigações. A aliança com Deus era um compromisso entre Deus e o povo, e envolvia obrigações recíprocas. Ele fez aliança com a humanidade porque amava os Seus filhos, o Senhor não precisava que os hebreus fizessem algo para Ele, mas estabeleceu uma aliança, para que o povo tivesse um compromisso com o Pai.
Há muitos textos na bíblia que reafirmam a necessidade do povo hebreu cumprir a sua parte na aliança para que ela continuasse tendo valor. Em Deuteronômio 28, por exemplo, no versículo 1, Deus fala o que ocorreria se o povo guardasse Seus mandamentos, e no versículo 15 o que aconteceria se não guardasse.
Em 1Rs. 3.14 Deus diz ao Rei Salomão que prolongaria seus dias se ele andasse nos Seus caminhos e guardasse os Seus mandamentos. A aliança com Deus era um compromisso mútuo e exigia obrigações.
Porém, hoje estamos sob a Nova Aliança. A aliança da qual Jesus foi feito fiador (Hb.7.22) uma aliança melhor que a anterior (Hb. 8.6), uma Nova Aliança que envelheceu a primeira (Hb. 8.13).
No entanto, será que essa nova aliança deixou de ser uma aliança no preciso sentido da palavra? Deixou de existir o vínculo de obrigações recíprocas?
É evidente que não precisamos mais seguir a Lei na forma de práticas exteriores e de forma legalista, como na antiga aliança, porque ninguém é justificado pela lei (Gl. 3.11), mas isso não quer dizer que não temos obrigações na Nova Aliança.

Nosso papel na Aliança

O que necessitamos para participarmos dessa aliança é crer nEle (Jo. 3.16) e confessarmos que Jesus é o nosso Senhor (Rm. 10.9). Ocorre que, da mesma forma que os atos exteriores e legalistas no cumprimento da Lei não salvam, o crer e o confessar da boca pra fora também não. Porque Tiago diz que crer, até os demônios creem e tremem (Tg. 2.19), o escritor de Hebreus afirma que devemos conservar firmes a nossa confissão (Hb. 4.14) e Paulo assegura que somos criados em Cristo Jesus para boas obras (Ef. 2.10).

...se “aceitamos a Cristo” e não há um processo diário de profunda mudança em nosso ser então não o aceitamos, não o confessamos verdadeiramente como nosso Senhor e Salvador.

Dessa forma, entendemos que crer e confessar não se restringe ao momento em que o fazemos na igreja, não é algo estático, mas dinâmico e deve durar por toda a nossa vida. Não nos iludamos achando que o fato de participarmos de uma cerimônia para “aceitar a Jesus” é o suficiente para estar em Cristo. A cerimônia é importante, mas se nossa conversão se restringir a ela, é inútil.
Portando, se “aceitamos a Cristo” e não há um processo diário de profunda mudança em nosso ser então não o aceitamos, não o confessamos verdadeiramente como nosso Senhor e Salvador. Pois, como vemos em Tiago, a fé sem obras é morta (Tg. 2.17) e o próprio Jesus nos adverte que toda árvore que não dá bom fruto é lançada ao fogo (Mt. 7.19). Toda “conversão” que não produz uma nova criatura (2Co. 5.17) não é uma conversão.

Busquemos, pois, uma verdadeira conversão, nos transformando, deixando vícios, conceitos, tendências e andando como Ele andou (1Jo. 2.6), façamos valer em nossas vidas o sacrifício vicário de Cristo que derramou seu próprio sangue por nós para nos dar uma Nova Aliança (Lc.22.20). 
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Comentários

  1. EXCELENTE POSTAGEM IRMÃO A BENÇÃO DE DEUS SOBRE VOCE ESTAREI SEMPRE VISITANDO ESTE BLOG MUITO EDIFICANTE.
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  2. Obrigado pela visita e pelo comentário Irmão, toda honra e toda glória ao Senhor. Deus abençoe a você e a toda sua família. Também entrei no site da sua rádio, uma verdadeira benção, curti o site no facebook, muito boa rádio mesmo, Deus o abençoe mais e mais para continuar fazendo essa obra. Fica na Paz.

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  3. A paz ,muito boa a mensagem , bem explicada, clara com objectivos transformador, versículos bem escolhido muito edificante.
    Gostei muito Deus continue te abençoando.

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  4. Gostei muito, muito clara e com versículos esclarecendo muito bem.
    Deus o abençoe grandemente sua vida.
    Vou compartilhar via Whatsapp.
    Suely

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  5. Olá gostaria de fazer uma pergunta...em relação a Aliança.
    Paulo da Bíblia nao se casou, pode um homem nos tempos de hoje também não querer casar se e pedir para o pastor orar por uma aliança e esse homem usalá declarando ter um compromisso com a obra?

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